sábado, 13 de setembro de 2014

Dossiê Vacinas

Eu sempre fiquei na dúvida sobre vacinas, se a do posto de saúde e das clinicas particulares era igual, qual seria a reação de uma e de outra.

No instagram sigo o perfil da Mel http://instagram.com/mamaeduasvezes e ela fez um post sobre as vacinas.

Ela também tem o site:  http://mamaeduasvezes.com/

Achei super interessante e estou compartilhando aqui.

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Que as vacina das clínicas particulares não são iguais às dos postos de saúde, acredito que todos sabem. Mas certamente muitas dúvidas sobre essas diferenças rondam a cabeça dos pais. Li muito para decidir vacinar em clínicas particulares, por esse motivo resolvi fazer um apanhado geral do que pesquisei nesse post.
Em primeiro lugar, quero dizer que as vacinas não são baratas, e sei que a maioria dos pais brasileiros infelizmente não podem pagar. Se você não pode, jamais se martirize por isso. Faça o melhor que estiver ao seu alcance para os seus filhos e ponto final. Além disso, é fundamental dizer que o Programa Nacional de Imunizações do Brasil (PNI) é um dos mais completos do mundo, em relação ao número de doenças protegidas.
Os postos de saúde seguem o calendário do PNI, já as clínicas particulares seguem o calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria. As vacinas são dadas de forma conjugada, em geral são várias em uma só picada.
 Nascimento: BCG / Hepatite B
Particular e públicas são idênticas.
➡️ BCG: previne formas graves de tuberculoses, é dada em dose única em bebês com mais de 2kgs. A cicatriz precisa se formar em 6 meses, se isso não acontecer recomenda-se uma segunda dose. É aplicada no braço direito.
➡️ Hepatite B: Essa é a primeira dose e é aplicada preferencialmente nas primeiras doze horas de vida. Mas se a mãe é portadora do vírus da Hepatite B ela deve ser dada imediatamente após o parto. É aplicada no músculo lateral da coxa.
👉 2 meses➡️ Vacina tríplice bacteriana (DPT): no PNI usa-se a vacina produzida no instituto Butantan, a DPT de célula inteira, uma vacina que causa índice alto de reações adversas. Nas clínicas particulares, usa-se a DPaT, a vacina acelular. Nesta vacina o componente da coqueluche é feito por engenharia genética, não se usa o capside da bactéria, o que diminui consideravelmente reações adversas.
➡️ Poliomielite: Nos postos de saúde está acontecendo uma transição da Polio Oral (Sabin), para a injetável. Nas clínicas particulares só se usa Polio Inativada (Salk), aplicada na mesma seringa que a DPT. Esta vacina confere alta proteção e risco zero de causar a PPV – poliomielite pós-vacinal. A polio oral foi trocada pela polio inativada porque a vacina oral oferece um risco, ainda que pequeno (1 caso para cada 800 mil doses) da criança desenvolver a Paralisia Infantil.
➡️ Rotavírus: É ingerida. Nos postos existe à disposição a vacina contra rotavírus monovalente, só protege contra um sorotipo deste vírus, o que equivale a 70% dos casos no nosso meio. Nas clínicas particulares se aplica a vacina pentavalente, que protege contra cinco sorotipos de rotavírus – 99,5% dos casos brasileiros.
➡️ Pneumococos: O Streptococcus pneumoniae ou pneumococo é uma bactéria que pode causar infecções como otites, sinusites e também outras mais graves, como meningites e pneumonias. Nos postos utiliza-se a pneumocócica conjugada 10-valente. Nas clínicas particulares usa-se a pneumo 13-valente. Estes 3 sorotipos a mais de pneumococos são muito importantes no Brasil, pois 2 deles são pneumococos muitos frequentes aqui.
➡️ 2ª dose da Hepatite B.
👉3 meses➡️ Meningite C: Ambas as vacinas, particular e pública, são iguais em relação à proteção e às reações.
👉 4 meses
➡️ Reforço das vacinas aplicadas no 2º mês, exceto Hepatite B.
👉 5 meses
➡️ Reforço da vacina aplicada no 3º mês.
👉 6 meses
➡️ Reforço das vacinas aplicadas no 2º e 4º mês, exceto Hepatite B.
➡️ Gripe (Na primeira vez que a criança é vacina contra a gripe são necessárias duas doses com intervalo de 30 dias).
👉 9 meses
➡️ Febre amarela (apenas em áreas endêmicas.
👉 1 ano
💉 Sistema Público: Pneumocócica / Tríplice viral / Hepatite A (No Estado de São Paulo, estão previstas com 1 ano a tríplice viral e a meningocócica C, em vez da pneumocócica. É apenas uma troca de ordem.)
💉 Sistema particular: Tem uma dose a mais da vacina contra catapora, sendo a primeira com 1 ano e a segunda com 1 ano e 3 meses, porque essa divisão diminui as reações. No esquema gratuito, a vacina contra catapora é dada apenas com 1 ano e 3 meses. No esquema particular, a vacina contra hepatite A é dada em duas doses, uma agora e uma depois de 6 meses. No público, ela é dada em dose única. No esquema particular, já se recomenda a vacinação contra meningocócica e a pneumocócica (disponível em versão mais completa), enquanto pelo programa público o reforço da meningocócica é feito em geral com 1 ano e 3 meses.
➡️ Tríplice viral (SRC, ou MMR): Primeira dose. Protege contra rubéola, sarampo e caxumba. Faz parte do calendário do Ministério da Saúde, portanto é aplicada gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Também disponível na rede particular.
➡️ Catapora (Varicela): Primeira dose de duas. Pode ser dada em uma picada isolada, no mesmo dia que a tríplice viral, ou na mesma picada, na quádrupla viral.
➡️ Hepatite A: No esquema público, dada em dose única. No particular, é dada em duas doses. O esquema sugerido é com 1 ano, mas o início pode ser adiado por alguns meses para dividir o número de aplicações. A segunda dose, no esquema particular, é dada seis meses depois da primeira.
➡️ Meningococo C conjugada: Dose de reforço. No calendário do governo, o reforço gratuito está previsto para 1 ano e 3 meses. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, o reforço pode ser dado em qualquer momento entre 1 ano e 1 ano e 6 meses, e no Estado de São Paulo ela é aplicada nos postos de saúde com 1 ano. Protege contra a meningite e outras doenças disseminadas pela bactéria meningococo C.
➡️ Pneumocócica conjugada: Dose de reforço, segundo o calendário do Programa Nacional de Imunizações. Pode ser aplicada a qualquer momento entre 1 ano e 1 ano e 11 meses, mas a versão gratuita é dada com 1 ano. Em São Paulo, os postos de saúde a aplicam com 1 ano e 3 meses.
👉 1 ano e 3 meses💉 Públicas: DTP / Pólio (gotinha) / Meningocócica C conjugada / Quádrupla viral (incluindo varicela). Em São Paulo, o reforço é da pneumocócica, pois a meningocócica é dada com 1 ano.
💉 Particular: Há a opção de usar a versão acelular da DPT (DPaT), que dá menos reação. Esta versão pode incluir um reforço de Hib e de pólio inativada, tudo na mesma picada, como recomenda a Sociedade Brasileira de Pediatria, enquanto na rede pública a DTP é dada isolada.
➡️ DTP (tríplice bacteriana): Dose de reforço. Contra difteria, tétano, coqueluche. É gratuita em postos de saúde. Os especialistas recomendam a versão tríplice acelular (DPaT), por ter menos risco de efeitos colaterais. Essa formulação não é encontrada de rotina nos postos de saúde.
➡️ Pólio: Dose de reforço. Previne a poliomielite (paralisia infantil). A vacina dada gratuitamente nos postos de saúde é a oral (VOP, ou Sabin), a da gotinha. Quando a criança já foi vacinada com a pólio inativada anteriormente, a Sociedade Brasileira de Pediatria, também recomenda a mesma em gotas. Mas ela também pode ser oferecida na forma inativada, em combinação com a DPaT com Hib, todas na mesma agulhada.
➡️ Hib: Dose de reforço contra infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b. A dose de reforço é recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria no caso de aos 2, 4 e 6 meses a criança ter tomado a vacina combinada com a DPaT. Nesse caso o reforço vai dentro da vacina pentavalente (pólio inativada + DPaT + Hib), aplicada normalmente em clínicas particulares. Esse reforço da Hib não faz parte do Programa Nacional de Imunizações oferecido pelos postos de saúde.
➡️ Quadriviral: Protege contra rubéola, sarampo, caxumba e catapora. É aplicada gratuitamente nas unidades básicas de saúde. Na segunda dose não há diferença nas reações dando-se a quadriviral (como na rede pública) ou dando-se a tríplice viral mais a varicela, em picadas diferentes (como há opção na rede particular).
➡️ Meningococo C conjugada: Dose de reforço. Para a Sociedade Brasileira de Pediatria, o reforço pode ser dado em qualquer momento entre 1 ano e 1 ano e 6 meses, e no Estado de São Paulo ela é aplicada nos postos de saúde com 1 ano.
👉1 ano e 6 meses💉 Particular: Hepatite A
➡️ Hepatite A: Segunda dose. No calendário do governo, é dada em dose única, entre 1 e 2 anos. No esquema particular, a segunda dose é aplicada seis meses depois da primeira, e alguns pediatras preferem fazer o esquema um pouco mais tarde.
👉 4 anos💉 Pública: DTP
💉 Particular: Versão acelular da DPT, que dá menos reação (DTaP), e um reforço da pólio, em forma de gotinha ou na forma inativada, na mesma picada da tríplice.
➡️ DTP (tríplice bacteriana): Segunda dose de reforço. Contra difteria, tétano, coqueluche.
➡️ Pólio: Dose de reforço, recomendada pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Pode ser aplicada em combinação com a DPaT (tetravalente), ou então na forma oral (desde que já tenham tomado duas doses da vacina inativada aos 2 e 4 meses).
👉 5-6 anos💉 Particular: Meningocócica C conjugada
➡️ Meningocócica C conjugada: Reforço contra meningite e outras doenças, recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, que não faz parte do Programa Nacional de Imunização, portanto só está disponível na rede particular.
👉 10 anos➡️ Febre amarela em regiões endêmicas.
👉11 anos💉 Particular: Meningocócica A/C/Y/W135
➡️ Meningocócica A/C/Y/W135: Segundo reforço da meningocócica recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Abrange 4 sorogrupos da bactéria.
❗️Nas clínicas peça a caixa da vacina, e confira a data de validade.
❗️Guarde ou anote o número do lote para averiguações futuras (nunca sabemos se vamos precisar!).
❗️ Não há problema se a criança for vacinada no posto e na clínica (ex: ser vacinada aos 2 meses no posto de saúde e aos 4 receber o refoeço em clínica particular, ou vice-versa).
❗️Não dê Tylenol antes da criança tomar a vacina, existem pesquisa que apontam uma diminuição da resposta dos anticorpos quando a criança ingere Tylenol ANTES de ser vacinada.
❗️Especialistas afirmam que não há problema em vacinar crianças que estejam resfriadas ou com um pouco de dor de ouvido. Em caso de dúvida, o melhor a fazer é perguntar para o médico.

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